Se você está caindo de paraquedas aqui e ainda não leu a Parte 1, vou facilitar para você, corre nesse post aqui e entenda como funciona o sistema de envelopes. Caso contrário esse post não fará o menor sentido para você. Vai lá e volta aqui rapidinho.

Muito bem, você já leu o primeiro post, já fez o sistema de envelopes e suas contas mensais já estão todas equilibradas e sem atrasar nada. Mas e quando os seus lucros diários não são suficientes para cobrir as suas despesas TODOS os dias? E cartão de crédito, como fica? Calma, explico aqui como faço para equilibrar tudo e não correr o risco de mesmo com os envelopes ficar no vermelho.

Foto: Pexels

Pontos importantes a serem seguidos:

▶ Seja sempre coerente com o valor mensal disponível para as suas dívidas. Não se iluda com os meses onde a sua renda vai lá em cima e faça despesas baseadas nesse valor. Use sempre o menor valor mensal ganho, (tenha como base o que você ganhou no ano passado por exemplo) e evite entrar em dívidas longas.
▶ Guarde o que sobrou do dia em um envelope separado e junte nele o valor exigido para preencher o restante dos envelopes por pelo menos duas semanas. Exemplo: todos os meus envelopes diários dão um total de R$ 102,00. Tenho um envelope guardado chamado ‘FUNDO DE EMERGÊNCIA’ com R$ 1224,00 para dias em que não consigo trabalhar ou o valor total do que ganhei no dia não é suficiente para cobrir todas as contas. Então uso parte desse dinheiro para completar o restante do que falta e assim que sobra dinheiro nos outros dias eu completo o valor do ‘fundo’ novamente. NUNCA deixe o envelope de emergência faltando por muitos dias seguidos, cubra o mais rápido que puder.

▶ Abra uma poupança, ou caso tenha já uma conta corrente, abra uma conta de investimentos e tudo o que sobrar do mês guarde. Os envelopes estão todos em ordem, o envelope de emergência está coberto e sobrou R$ 200,00? Guarde, da forma como você preferir, na poupança, investindo no tesouro Selic, em casa, não importa. Resista às tentações de gastar esse dinheiro com coisas que você certamente não precisa no momento.

▶ Evite o máximo que puder fazer prestações a longo prazo. Nós que não temos uma renda fixa (e mesmo quem tem infelizmente) temos que ser cautelosos com o que ganhamos e com o nosso futuro. Faça o que puder para comprar à vista. Além de não comprometer aquilo que você ainda nem ganhou, comprar à vista nos dá belos descontos. Já cheguei a ter mais de R$ 300,00 abatidos em uma compra por fazer o pagamento na hora. Nunca se esqueça: dinheiro economizado é dinheiro ganho.

▶ Cartão de crédito. Ah aquele pedacinho de acrílico (ou seria de plástico? não sei, rs) que faz os nossos dedos coçarem e muitas vezes entrar em dívidas completamente desnecessárias e que na maioria dos casos faz a gente afundar. Eu particularmente, tenho apenas um cartão de crédito e uso apenas, APENAS, nos casos onde acontece algum imprevisto, por exemplo, um pneu que já não tem como consertar, um remédio ou para comprar algo de extrema urgência.

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Quando me vejo obrigada a utilizar o cartão de crédito, antes de comprar, verifico quanto sobrou do mês anterior e faço em parcelas de no máximo 50% desse valor. Para simplificar vamos de exemplo: tive que trocar uma peça do meu carro que custava R$ 380,00. Como não tinha esse valor em dinheiro guardado pois gastei nas festas de fim de ano, olhei nas minhas anotações e vi quanto guardei no mês anterior – R$ 420,00. As parcelas que eu poderia fazer não poderiam ser maiores que 50% desse valor. Então comprei a peça em duas vezes de R$ 190,00.

E isso é tudo por enquanto. Não hesite em perguntar caso tenha alguma dúvida. E caso eu recorde algo mais a acrescentar, talvez haja um terceiro post. Vamos cuidar das finanças porque nosso futuro está em nossas mãos. 

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